terça-feira, 23 de outubro de 2012

A mala e o mundo

Pego emprestado o título do blog de uma pessoa que muito admiro para fazer de meu, ao menos um bocado.

Li alguns textos que muito me fizeram pensar no que realmente queremos nessa vida. Engraçado dizer isso quando, na verdade, eu deveria estar devorando livros cheios de reações metamórficas, aspectos tectônicos e ambientes deformacionais. Mas foi assim.
Soube da existência da Sabrina Wind por vários anos, sempre por apenas ler seu nome nos créditos de Desperate Housewives. Sendo ela a produtora executiva da série, raramente aparecia do outro lado das câmeras. Hoje descobri lá no WTFlicka que além de produtora, Sabrina é mãe, mulher, chefe, e mais uma longa lista daquilo que precisamos ser. O que ela é ou deixa de ser não vem ao caso, mas em algo ela tem super razão. Com o tempo, muitos de nós perdemos a essência de sermos nós mesmos pelo simples fato de nos esquecermos de viver e cair na rotina. A essência de ser eu, de ser você e de querer correr atrás dos nossos sonhos se confunde com nossas obrigações do dia a dia e a gente apenas sobrevive. Para resgatar sua essência e, até mesmo, procurar novas (por que não?!), Sabrina definiu desafios nos quais ela deveria ser bem sucedida, mesmo que parececem impossíveis de serem atingidos, ultrapassados. Enfim, ela conseguiu um e agora busca outro, mais díficil ainda. Nisso, ela encontrou uma paixão que nunca achou que poderia ter, ela teve a certeza de que ela poderia fazer o que ela quisesse.

E daí? Bom pra Sabrina, ponto pra ela que tem uma motivação a mais para realizar o que ela quer e o que ela acha ser importante para ela, certo? Certo.
Mas isso foi apenas um complemento para um texto, uma filosofia de vida (se você olhar a coisa mais a fundo) que li uns dias atrás. A Tai, dona do blog A Mala e o Mundo, é uma moça de coragem. Ela ~largou~ tudo e foi correr atrás dos sonhos dela, daquilo que ela achava que ia fazê-la feliz. Por mais que minha reflexão seja essa (e tá tudo em um emaranhado de planos em minha cabeça) o foco é outro. Como desafio para seu aniversário de 25 anos, a Tai fez uma lista daquilo que ela quer realizar até lá. Não vou negar que quando li a lista pela primeira vez achei que fosse impossível realizar tudo aquilo em apenas 365 dias. Mas o que é impossível nessa vida? Resolvi ler de novo, e descobri um  mundo de possibilidades. Imagina o quão divertido seria voar de balão, escrever um livro ou fazer uma viagem de moto? Dessa segunda vez, percebi que o mais legal disso tudo é saber que é sim possível, por que não? Na segunda vez senti o verdadeiro motivo de querer fazer tudo isso: viver.
Qual seu próximo desafio?

Dois patinhos na lagoa


Fui pega de surpresa, já é quase novembro! E se não fossem minhas amigas, por um momento ia passar despercebido que faltam apenas alguns dias para o meu aniversário. Não que não seja uma data digna de comemoração, mas é que com tanta coisa acontecendo eu realmente não prestei atenção que estava por vir.
Tenho dúvidas se algum dia já fui uma 'birthday person', acho que não. Receber os parabéns é uma tarefa árdua, ter de ficar perto do telefone o dia todo, especialmente quando você está longe dos familiares. Tarefa árdua, mas recompensadora junto com os recadinhos bonitinhos que a gente recebe (:

Seja por esse motivo ou não, ontem conversávamos sobre estar aqui. Saimos de casa há uns quase 4 anos, mas só agora nos demos conta de que talvez tenha sido para nunca mais voltar. Não é estranho achar que agora o seu caminho é, de fato, você quem faz?



Ainda com aquela saudade do sorvete pós almoço de domingo no sofá vendo tv :/

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

No último domingo...




Eu estava enérgica, correndo pra lá e pra cá e tentando fazer tudo aquilo que não tinha feito nos 13 últimos dias. Não tive muito tempo para, de fato, organizar o dia com calma, mas organizado ele já estava, mesmo que sem calma. Mas nada como surgir mais alguma coisa inesperada. Em Sawtelle, com o tempo cronometrado de 20 min pra ir, 20 min pra voltar e o mínimo de tempo pra ficar lá, tipo pegar, pagar e sair correndo, o 'done' foi marcado na lista. Afinal, passar um tempo no parque, dar uma volta na praia e tomar um sorvete ainda faziam parte do ótimo plano. Óbvio que nada disso foi muito bem sucedido, pois como é que um último dia seria tão calmo assim? Não em um bilhão de anos...

Era um domingo bem bonito, com sol, temperatura agradável para jogar um casaquinho fino por cima da camiseta, pular o almoço e pegar o wifi alheio. Passeei um passeio com um gostinho de tentar marcar um x em todos os itens da lista que faltavam e me encantei com as músicas de fundo. Era como estar num filme cuja trilha sonora era impecavelmente selecionada a dedo. E daí que uma sms mudou o resto do dia, e voltei à necessidade de fazer aquela uma única coisa que não tinha feito nos últimos 13 dias, e não por falta de vontade e empenho próprio. O estômago estava na boca e não ia dar tempo, mesmo. Larga as coisas no quarto, se esquece de comer, pega a bolsa, sai correndo, tenta traçar um caminho mais rápido e/ou mais fácil pra chegar ao destino por um caminho já quase que usual, já quase que detalhado esquina por esquina nesse cérebro que seleciona, ao seu bel prazer, muito bem o que quer e o que não quer guardar. Suar frio parecia obrigatório. O fator tempo consumia, e o fator morro acima também não era lá muito agradável. O ar parecia faltar conforme o tempo ia mudando e as nuvens iam aparecendo, mesmo que o vento estivesse aumentando sua velocidade. E então Frank tava lá, com a permissão de chamar de Frank, claro. Dois quarteirões, ou um pouco mais, nos separavam do impossível, impalpável, surreal daquilo que se tornaria real algum dia, cedo ou tarde tenho plena certeza. Estranhamente não havia movimento algum. O estranhamente só se tornou estranhamente por conta das confabulações sobre eventos que ocorreriam naquele dia. Um evento, pra ser mais específica. Nada de carros, ou pessoas correndo, ou flashes. Apenas a calmaria de uma rua residencial, sem uma alma viva caminhando no final da tarde, ou passeando com cachorro, ou brincando com os pequenos. A não ser por aquele automóvel branco que virou o quarteirão em direção a um endereço peculiar daquela rua, que primeiramente poderia ser de qualquer pessoa, claro. Mas não era. E daí que tudo que um dia já foi falado, pensado, zombado, imaginado estava a poucos segundos de cair por terra. Brincadeiras internas a parte, não demorou muito para que a identidade do sujeito do carro branco fosse revelada. Foi uma surpresa desconfiada, não muito eufórica... Apenas serviu para bagunçar mais todo o planejamento, afinal, que raios a fada estava fazendo lá? Aquela hora? Seria mais uma convidada, de novo? "Bora desgrudar ae", pensei. Continuei meu caminho para lugar nenhum, como se estivesse tudo dentro dos conformes estabelecidos nas leis suburbanas desse mundo afora. Parei, pensei, voltei, parei, hesitei, resolvi dar meia volta, continuar o caminho para sei lá onde. Com o cérebro a mil, fervendo como as águas termais perdidas em algum parque estadual qualquer, voltei para falar com a criatura. Como tudo aconteceu foi meio bloqueado pela adrenalina do momento, mas, se não me engano, estava pálida, da cor de clara do ovo, da areia de uma praia dos trópicos em um dia de extremo sol e calor. Falar em sol, neste momento ele já estava saindo de cena, de fininho, quase que como morrendo de vergonha por estar ali e assistir a tudo bem de perto. Aparentemente, até ele ficou com medo de onde aquela conversa iria levar. "Ei, desculpa, você pode me ajudar?", falei antes de poder pensar em alguma frase mais elaborada, de maior efeito, ou menos retartada mesmo. Eu não precisava de ajuda propriamente falando. Perguntei com um tom afirmativo se o nome dessa personagem peculiar das imaginações mais pertinentes de meu ser era o que eu já sabia ser e, claro, a resposta foi afirmativa seguida de uma expressão de plena dúvida. "Como sabe meu nome?", retrucou. A história toda não cabe ser falada, ser contada, ser exposta nem muito menos ser revelada. E para encurtar, chegar no final logo, naquele último capítulo sem final totalmente feliz, ou talvez em parte, ou talvez com uma brecha para mais uma edição, papo veio e papo foi, um favor foi feito e o mais esperado não. Talvez a falta de ética, talvez a falta de vergonha na cara ou o contrário, a falta de iniciativa, de ser cara de pau, de esperar, de querer, tudo isso atrapalhou. Ou ajudou, vai saber. Até hoje desconfio se o que foi feito foi o certo, se foi o melhor. Ainda hoje tenho dúvidas se certas atitudes poderiam ter sido outras. "Você quer alguma coisa em troca?", me foi perguntado. Alguma coisa em troca? Sério? Depende, o que quero em troca é impossível e não está ao seu alcance. Essa foi a resposta que queria ter dado, mas fiquei com um "Não, obrigada, isso tudo já é o suficiente." Fui embora, refleti por uns segundos na rua ao lado, ainda desnorteada por tudo que havia ouvido e falado, tentando processar o que de fato havia acontecido ali, naquele lugar, naquele instante. Só sei que foi verdade porque há provas, senão não hesitaria dizer que fora tudo da imaginação. Saí correndo, já com frio, suando, sem acreditar em uma palavra dita, perdida naquelas ruas que já foram parte de minha coleção de mapas urbanos pouco tempo antes do ocorrido e peguei emprestado novamente o wifi alheio.


segunda-feira, 9 de julho de 2012

não desloque a linha reta




Última atualização: 4 meses atrás.

Foi assim que me assustei ao entrar aqui no dashboard nesta semana.

Meu filhote já tem 5 anos e alguns meses e era tudo tão diferente quando comecei por aqui. Claro que este não foi o meu primeiro, e provavelmente não será o último dos meus devaneios, sei disso. Acho que esse é um dos motivos de não me desfazer, de deixar para trás ideias, sonhos, esperanças, reclamações e esse monte de coisas sem sentido que despejo por aqui. As vezes até têm algum sentido, as vezes uso apenas para tentar me organizar. Me organizar num mundo de informações minhas, tuas, alheias. De vez em quando me pego relembrando uns posts antigos para ver o quanto mudou, o quanto realizei. Gosto disso. As vezes nos esquecemos o quanto queríamos algo assim que o conseguimos...

Estou enfurrujada com as palavras, não me orgulho. Uma folha em branco me assusta mais agora do que antes já o fez. Deixei determinadas leituras de lado, trabalhei, deixei o cabelo crescer, andei por estradas que você não acreditaria, conheci muita gente, comprei maquiagens, visitei lugares fenomenais, mudei, fiquei rebelde, mudei hobbies, me libertei de velhos hábitos, cresci, fiz amizades que quero carregar para a vida inteira, me mudei, chorei, aprendi, ganhei novas manias, me realizei, envelheci, vivenciei coisas que até pouco tempo duvidaria que pudesse, senti saudades, desgostei de coisas, desapeguei, curti o diferente, cantei, procurei o novo, quis voltar no tempo, duvidei de minhas escolhas, sorri e quero mais, quero o novo de novo, quero o velho na lembrança. É assim que me sinto agora, mas não necessariamente como quero me sentir. Os últimos meses foram uma loucura total. Uma loucura boa talvez, uma loucura maravilhosa, duvidosa, corrida... Não cantei Dido a todo o pulmão ainda como achei que faria, mas não me importo, o todo valeu a pena do mesmo jeito (:





*perdi minha listinha de blogs favoritos :(

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

sonhando se foi

Queria compartilhar um sonho que tive esta noite. Mas só azamiga da geologia da ufes vão entender, então é melhor deixar quieto hoho :B


Carnaval tá acabando, já pode começar o ano, ou é só depois da Páscoa, hein?






















E aí, dá pra passar o tempo até abril? Assim, rapidinho? Num piscar de olhos?


domingo, 29 de janeiro de 2012

do you like your hollywood?



Tá chegando. E é de verdade.


Mas eu nem vim aqui hoje pra falar disso, e a imagem foi só pra entrar no clima. Já estamos no final de janeiro e daqui a pouco as aulas retornam. Posso fazer uma pergunta? Vocês não têm preguiça não? Digo, mais um ano letivo, mais das mesmas pessoas, mais dos mesmos professores, mais da quase mesma ladainha, mais do mesmo... As vezes acho que o problema é comigo, eu que fico de saco cheio rápido demais, me canso rápido demais. Sei lá. Só sei que é assim. E nem me fale todas aquelas festas de integração com calouro. Acho que estou ficando velha. Não na idade... quer dizer, na idade também, claro, mas tô ficando velha de espírito. Ou é só cansaço. Ou é só saco cheio. Ou é só vontade de querer mais o diferente.
Vou te dizer que a faculdade é um período ótimo da vida, mas cansa, um beijo.

E pra constar, o meu afilhado é o bebê com cara de joelho mais lindo desse mundo, e ai de quem disser que há outro bebê com cara de joelho mais lindo que ele porque é mentira. Tudo calúnia. E essa coisinha pequerrucha nos faz feliz assim com pouco que na verdade é muito. Com um sorrisão fácil de se tirar, mesmo com 1 mês de idade. Mesmo a gente achando que criança não entende as coisas. Mas ah, entendem!

Mas o que me faz uma falta assim, bem lá dentro de mim, é desprender um tempinho pra escrever coisas por aqui, mesmo que sejam sem nexo como este post. E mesmo que vocês não entendam. Ou sim. Na verdade todo mundo é igual mesmo, a gente se entende de algum jeito, né? Só que quando digo igual também digo diferente. Porque assim, há tanta gente nesse mundão que tem tanto a acrescentar em nossa vida. E é uma delícia estar perto delas por 5 min, 1 hora, 15 anos, ou a vida toda.




Nunca deixe que te digam que não vale a pena acreditar num sonho que se tem.


*PORQUE EU VOU CANTAR DIDO A TODO PULMÃO EM BREVE.