terça-feira, 15 de janeiro de 2008

que subam as cortinas


agora ele está sozinho, com seus próprios sentimentos e anseios, com seus próprios medos e sua própria vergonha. ninguém o pode ver ou o sentir; assim como ele não pode ver ou sentir alguém.
é tudo tão novo e escuro. e quando a máscara cair, a cortina se abrir e o espetáculo começar ?
ele vai querer a mesma diversão, o mesmo ócio e a mesma privacidade de antes. tadinho... tão bobinho, tão inocente.
mas ele saberá o que fazer, mesmo quando achar que não; mesmo quando tiver de apresentar um show não ensaiado. o importante, afinal, é fazer o público gostar do que vê, do que paga pra ver; e sempre gosta.
ele aprenderá a hora certa de sorrir, de chorar e de emocionar seu público. só os mais fortes conseguem fechar seu espetáculo com chave de ouro; e disso ele sabe bem.