quarta-feira, 7 de outubro de 2009

hein?


Estive nos dois lados da brincadeira (ou da palhaçada, como achar melhor); estudei da 5ª à 8ª série em escola pública e o ensino médio em uma das melhores escolas do estado e posso te dizer com a mais absoluta certeza (!): o ensino público não supre as necessidades de um aluno. É a verdade, infelizmente. Tive a sorte de estudar numa escola pública de um bairro bom, então os problemas não eram absurdos, a qualidade era até boa, mas senti a diferença quando entrei para uma escolar particular.
Onde quero chegar é, na verdade, no que aconteceu com o enem deste ano. Algo que já começou mal não teria um final muito jeitoso. Devo confessar que nunca achei o enem um bom parâmetro de avaliação de educação e sim um parâmetro para a educação do Brasil. É muito fácil fazer um prova em um nível mais baixo para a média da pontuação ser mais alta. O que falta então é uma reformulação no ensino brasileiro, certo? Sim! Ou não... Para reformular o ensino no país é preciso começar lá de baixo, nas séries iniciais, é preciso um planejamento, uma meta, pessoal qualificado e esse tanto de coisa. Não foi isso que presenciamos. O novo enem surgiu assim, num passe de mágica, reformulando não o ensino, nem a qualidade dele. Deu no que deu. Após o desespero de vários alunos na preparação para o novo método de avaliação a prova vaza, causando mais desespero ainda um pouco mais de uma semana antes da data da prova.

Agora me pergunto, como o enem quer avaliar as competências do aluno se o próprio ministério da educação não tem competência para aplicá-lo?