
dia 1º de fevereiro já; como se não fosse impossível o tempo está mais veloz que o ano passado. e quem disse que não ? já se passaram 31 dias num piscar de olhos, numa batida de asas, num clique fotográfico...
dizem que nós que determinamos, o tempo. se queremos que ele passe rápido, ele passar devagar devagar. o contrário tbm é válido, claro. mas tbm tem aqueles que vivem dizendo na força do pensamento... positivo ou não.
e se há alguém por trás de tudo ? que tem a capacidade de adiantar e atrasar os relógios ? que tem a capacidade de fazer o tempo correr mais rápido ou mais devagar ? acredito que todos os relógios têm uma sincronia, independentemente da pilha ou da bateria que precisam para marcar as horas. os relógios tbm podem ser daquela espécie que quando vc não está olhando eles criam vida, sabe ?! já imaginou uma revolução dos relógios ? tudo iria virar um caos muito grande :~
mas tem aquele povo que se acha mais que tudo. o maioral, entende ?! aquele povo que faz questão de todo ano mudar nosso metabolismo. duas vezes ! como se fôssemos obrigados a viver num fuso horário não constante. e tudo isso pro nosso bem. ah, seria tão bom mesmo ser verdade. bom mesmo acreditar e ver acontecer aquilo que eles prometem fazer...
e quem é que determina o tempo mesmo ?
ela tenta recolher os pedaços de sonhos de menina que um dia esqueceu e aquele desejo de ser reconhecida que jamais aconteceu. sabe que enxugar seus prantos é impossível e que agora não lhe resta mais tempo. sente que a vida vai se esvaindo assim como a água daquela mesma banheira em que tantas vezes pensou em fazer o pior, mas não ficava bem em vermelho.
a bebida é o melhor consolo. depois das drogas, do cigarro e dos remédios pra dormir. sábado a noite não é mais curtição e os dias são cada vez mais longos e vazios.
sua vida poderia até ser escrita em uma folha de papel que não preencheria nem o verso; seus feitos foram inúteis e ela não se orgulha de nada. absolutamente nada.
no final ela finalmente se rende ao destino cruel; e se veste de vermelho.
melancolia é um porre, um porre mesmo. daqueles que vêm e grudam, sabe !? mas como todo porre, vai embora. assim, do nada. e de uma hora pra outra estamos bem, felizes de novo, alegres de novo, rindo de novo. melancolia empata com a tristeza. a única diferença é ter uma razão pra estar triste, o que não é o caso. o escuro nos permite ouvir melhor, perceber aqueles barulhos que na claridade e na correria do dia não percebemos. o escuro não é acolhedor, traz medo, insegurança. mas eu gosto. o escuro tbm conforta, nos faz pensar, refletir. no escuro percebemos o quanto é importante aquilo que vemos, assim como aquilo que ouvimos. ouvimos e deixamos passar. ouvimos e deixamos de captar. ouvimos e deixamos de responder. o pior mesmo é a melancolia, ela traz inspiração, mesmo que não seja a inspiração mais colorida, mais divertida. quando estamos felizes, estamos felizes e pronto! não precisa explicar, não precisa descrever. afinal, pra quê perder tempo explicando a felicidade ?! pra quê perder tempo tentando explicar a felicidade ?! nada de afirmou, explicou! afirmei, não quero explicar e pronto! afirmo que a saudade é boa e que a SAUDADE dói. ainda preciso explicar ? existem coisas que não precisam de explicações, principalmente das explicações mal explicadas, dos exemplos maus dados. ih, os exemplos. o mundo tá cheio deles. e muito dos piores exemplos, pouco dos bons exemplos e carente dos realmente ótimos exemplos.
que bom que os sonhos são grátis, ainda que sejam abandonados pelo caminho. ainda que sejam desperdiçados. ainda que sejam altos, quase impossíveis. quem bom que existem bons exemplos e que esses bons exemplos sejam expostos à claridade, à sociedade, sem maiores questionamentos. apenas apresentados para serem seguidos e não copiados. as copias são bem frágeis. imitações são bem fajutas e o original é único, e por que não o escuro ? sim, um sonho pra seguir, um porre pra tomar, uma tristeza para se deliciar, uma saudade pra chorar e uma escuridão inteira e imensa pra refletir. ah o escuro... prefiro o escuro.
- antigo :~~

agora ele está sozinho, com seus próprios sentimentos e anseios, com seus próprios medos e sua própria vergonha. ninguém o pode ver ou o sentir; assim como ele não pode ver ou sentir alguém.
é tudo tão novo e escuro. e quando a máscara cair, a cortina se abrir e o espetáculo começar ?
ele vai querer a mesma diversão, o mesmo ócio e a mesma privacidade de antes. tadinho... tão bobinho, tão inocente.
mas ele saberá o que fazer, mesmo quando achar que não; mesmo quando tiver de apresentar um show não ensaiado. o importante, afinal, é fazer o público gostar do que vê, do que paga pra ver; e sempre gosta.
ele aprenderá a hora certa de sorrir, de chorar e de emocionar seu público. só os mais fortes conseguem fechar seu espetáculo com chave de ouro; e disso ele sabe bem.